Comportamento pode ser observado em pessoas que até enxergam o problema, mas não conseguem enfrentá-lo
Da Redação
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“O amor é cego” é uma frase bastante dita por muita gente. A pergunta é: será que é mesmo? Um sentimento que impede alguém de encarar determinadas situações de forma lúcida, por medo de sofrer ou perder o parceiro, ainda é amor?
Especialistas alertam que a cegueira emocional exagerada pode ser grave e precisa ser tratada. O amor cego demais deixa de ser romantismo, podendo ter se transformado em uma patologia.
Mesmo tendo ciência de tudo o que acontece de errado em seu relacionamento, algumas pessoas continuam nele, pois não conseguem se livrar do parceiro problemático. O medo, a culpa e a submissão exagerada são características comuns em quem sofre com esse tipo de situação.
A psicanalista Tatiana Ades usa o próprio termo “o amor é cego” para explicar atitudes que são muito óbvias para quem está de fora, mas que não são perceptíveis para quem está envolvido. “É o caso da mulher que é espancada e continua com o marido, justificando as atitudes dele”, exemplifica.
Qualidades no parceiro que ninguém vê
Segundo ela, a cegueira emocional só se torna doença a partir do momento em que a pessoa se sente culpada por ser humilhada e acha normal a rotina de sofrer por outra pessoa.
“Quando ninguém mais vê as qualidades do outro e ela acha que apenas ela é capaz de modificá-lo, e que ele se tornará uma pessoa melhor, é uma situação que precisa de tratamento e acompanhamento de um profissional”, afirma Tatiana.
Mesmo não sendo uma tarefa fácil, a psicanalista garante que é possível sair dessa situação. O mais difícil é fazer com que a pessoa admita que a cegueira emocional transformou-se em uma doença e, como qualquer outra, faz muito mal para o organismo, podendo levar até a depressão.
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