12/04/2012

Atividade sexual diminui riscos de doenças cardíacas e combate ao sedentarismo


É consenso entre especialistas que o sexo pode ser considerado uma atividade física aeróbica. Ele ajuda a queimar calorias e a fortalecer os músculos. Além disso, médicos do Instituto Nacional de Cardiologia (INC), vinculado ao Ministério da Saúde, afirmam que a relação sexual pode trazer uma série de benefícios ao coração. Segundo cardiologistas do INC, quem faz atividade sexual três vezes na semana não é considerado sedentário. A atividade pode equivaler a caminhadas de 30 minutos à uma hora. Em 2009, foram registrados 319 mil óbitos causados por doenças cardiovasculares, equivalente a 31% das mortes naquele ano.

Stephan Lachtermacher, cardiologista do Instituto Nacional de Cardiologia, enumera os benefícios da prática sexual: diminuição da pressão arterial, dos riscos de infarto e de derrame; auxílio no combate ao colesterol e na manutenção dos níveis ideais de glicose e açúcar no sangue. “Quando o indivíduo desenvolve o esforço do sexo, aumenta a frequência cardíaca e a pressão arterial de forma semelhante à prática de atividade física, o que traz melhorias para o aparelho cardiovascular. A perda de calorias também é similar com outras atividades físicas”, afirma.

O sexo beneficia também a parte psicológica e contribui para a qualidade de vida. Porém, apesar de ser uma prática recomendada, é preciso ser avaliado o risco cardiovascular do paciente para incentivar a relação sexual, assim como a atividade física. “Para quem tem risco baixo ou moderado, está liberado. Pessoas com alto risco, no entanto, devem procurar recomendação e orientação médica”, orienta Stephan.

Pacientes com alto risco cardiovascular podem perder o apetite sexual, no caso de mulheres, e ter dificuldade de ereção, no caso dos homens. “Caso esses indivíduos tenham mais de um parceiro, é necessária atenção. Eles se cobram mais e acabam tendo uma exacerbação da atividade física, o que pode trazer prejuízos à saúde”, diz.

Alerta – Mesmo com os benefícios que a atividade sexual traz para o coração, o médico do INC alerta os pacientes que sofreram infartos. “É preciso aguardar pelo menos duas semanas para praticar atividades físicas ou sexuais. Nesse momento, o coração ainda está muito instável e pode ter arritmias e falências”, afirma Stephan Lachtermacher.

Utilizar medicamentos para potencializar a ereção também exige cuidados. O uso concomitante com substâncias como mononitrato de isossorbida, comum no tratamento de doenças cardíacas, oferece riscos graves aos pacientes. “É uma associação muito perigosa, que pode baixar a pressão do indivíduo. Quando há uma condição cardiovascular grave, é necessário aconselhamento médico muito específico”, ressalta Stephan Lachtermacher.

Prevenção – O uso de preservativos é recomendado em qualquer idade e para todas as ocasiões. A camisinha é o método mais eficaz para se prevenir contra doenças sexualmente transmissíveis, como a aids, alguns tipos de hepatites e a sífilis, por exemplo.

Além disso, evita uma gravidez não planejada. O preservativo está disponível nas Unidades Básicas de Saúde, centros de testagem e aconselhamento, serviços especializados, bancos de preservativos. Além disso, é distribuído em ações de prevenção realizadas por organizações não-governamentais parceiras e em escolas que trabalham com o programa Saúde e Prevenção na Escola

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