13/12/2012

Cuidado para que a intimidade não despreze o respeito

Ser íntimo é saber aceitar o outro mesmo quando há falhas

Débora Ferreira / Foto: Thinkstock
debora.ferreira@arcauniversal.com


Antigamente, o respeito era preservado principalmente nas atitudes, e isso evitava que houvesse conflitos no relacionamento a dois. Há quem diga que a convivência é capaz de trazer liberdade em excesso, o que está diretamente ligado à intimidade, não apenas na questão sexual, mas também para situações do dia a dia. Assim, com o passar do tempo, os casais podem apresentar dificuldade em saber dosar o limite entre a intimidade e o respeito.

“No início da vida a dois tudo ainda é um mistério. Quando homem e mulher decidem se conhecer melhor há uma grande preocupação com os gestos e atitudes, por não saber qual a reação do parceiro. Essa falta de intimidade, por questões naturais, impõe respeito dentro da relação, mas conforme o casal se conhece, aos poucos trás para ele a intimidade, e é aí onde mora o perigo. Como pode haver amor sem respeito?”, questiona o apresentador do programa The Love School - A Escola do Amor (www.iurdtv.com), bispo Adilson Silva.

O respeito está embutido no amor e não tem como separar. Ser íntimo é saber respeitar mesmo quando há falhas. “Quando duas pessoas se conhecem, inicialmente não veem onde estão pisando. Após o casamento, o casal se conhece em detalhes e sabe que já se conquistou por completo e é óbvio que se torna algo mais pessoal. No relacionamento é preciso aprender a acatar as diferenças, falhas, defeitos. Tem coisas que não valem a pena ser levadas adiante, senão isso as torna um fardo”, alerta o bispo.

Ele destaca ainda que não existe amor se não houver respeito, e que o amor vem depois do casamento, acontece no momento em que nasce o companheirismo. “No início, as pessoas ainda são muito diferentes, mas, com o passar do tempo, um mergulha na alma do outro”, explica.

Enfim, uma regra importante para o sucesso é se colocar no lugar do parceiro. Você não deve ser artificial, tentando demonstrar ser alguém que não é, pois se ele a ama, vai, automaticamente, compreender seus defeitos.

“Ninguém consegue amar alguém que não lhe respeite”, finaliza o bispo.

Um casal transformado por Deus

“Logo no início do casamento, quando eu ficava doente, optava por esperar meu marido chegar para pedir que me levasse ao médico. Assim que ele entrava em casa, já resmungava sobre minhas dores e solicitava ajuda. Ele achava um abuso aquela minha solicitação e sempre dizia que era tarde da noite para ficar doente e que era para eu esperar o outro dia”, lembra Paula de Jesus, casada há 12 anos.

Segundo seu esposo, Marcelo de Jesus, ele nunca teve referência familiar e isso contribuía para que a atitude fosse essa. “Perdi meu pai muito cedo.

Cresci na casa de um tio e de outros parentes, não tive exemplo do que é carinho, então, eu achava que era demais ela ficar doente e me pedir que a levasse ao pronto atendimento no horário do meu descanso, afinal, eu acordava cedo para trabalhar”, conta.

Para Paula, o importante era agradá-lo, só que de sua forma. “Eu pensava primeiramente em mim. A transformação aconteceu quando eu parei para pensar o que realmente dava prazer ao meu esposo, e foi assim que comecei a fazer exatamente o que ele esperava. E ele, por sua vez, começou a ser mais gentil e agradável.”

O casal aprendeu que é preciso haver sacrifício para que a união se fortaleça.

Participe todas as quintas-feiras, na Igreja Universal, da Terapia do Amor. Durante os encontros, os palestrantes explicam que para ser feliz é necessário que algumas regras sejam estabelecidas dentro do relacionamento. Se você é solteiro, casado ou separado poderá encontrar nessas reuniões a direção ideal.

10/12/2012

O princípio de tudo e o que Ted Turner falou


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No começo de tudo, o casal Adão e Eva.No recomeço após o dilúvio, Noé e sua esposa.No começo da nação de Israel, Abraão e Sara.No começo do Novo Israel pelo nascimento do Senhor Jesus, Maria e José.
Percebe o padrão usado por Deus para começar algo, lançar os fundamentos de um grande projeto?

O casamento.

Desde o princípio, o casamento tem sido a base sobre a qual Deus edifica seus grandes projetos.

Uma das razões é porque o casamento é como um protótipo do relacionamento entre o ser humano e Deus. É como um simulador de voo, que os pilotos em treinamento usam para testar suas habilidades e aprender a lidar com diversas situações em voo real.

No casamento nosso cristianismo é testado mais do que em qualquer outra situação. Dar a outra face. Fazer pelo outro o que queremos que o outro faça por nós. Sacrificar. Perdoar para ser perdoado. Não julgar para não ser julgado. Fidelidade. Justiça. Dar para receber. Negar a própria vontade… enfim, todas as bases da fé cristã devem começar a ser praticadas dentro do casamento. E se formos bem-sucedidos ali, em nosso relacionamento com a pessoa mais próxima de nós, então seremos bem sucedidos em nosso relacionamento com Deus.

Ninguém conhece o marido melhor que a esposa e vice-versa. Ninguém é melhor testemunha do seu caráter e de sua fé. É por isso que todo grande projeto idealizado por Deus começou com um casal. E tratando-se das coisas espirituais, Ele também designou que o teste do homem de Deus é seu casamento:
Pois, se alguém não sabe governar a própria casa, como cuidará da igreja de Deus? 1 Timóteo 3.5
Ou seja, Deus condicionou a boa liderança da igreja ao bom casamento do seu líder. (Quantos líderes religiosos passariam esse teste?)

Na sua vida não é diferente. Se você está buscando uma base sólida para ter sucesso permanente, você deve começar investindo no seu casamento. Se é solteiro, seja meticuloso na sua escolha. Se é casado, priorize o seu casamento.

Segundo pesquisas, quem é bem casado tem muitos benefícios. Cito apenas alguns:
  • Vive mais, pois sua vida é mais estável e seu parceiro lhe ajuda a cuidar de sua saúde
  • Tem mais paz, pois sua vida não é atormentada por solidão, traições, ou laços com antigos relacionamentos
  • Prospera mais, pois os dois formam uma parceria nas finanças
  • Evita vícios, pois não quer ferir o parceiro
  • Tem filhos mais estáveis, que tendem a ter um casamento sólido a exemplo dos pais
O bilionário americano Ted Turner, fundador da CNN, e o segundo maior latifundiário dos EUA, declarou uma vez em uma entrevista, quando perguntado se tinha algum arrependimento na vida:

“Lamento não ter sido mais bem-sucedido em meus casamentos. Mas é o que é.”

Turner (na foto acima com a 3ª ex-esposa Jane Fonda) foi casado três vezes e hoje, aos 74 anos vive entre quatro namoradas. Mas declara: “É muito mais simples ter uma esposa.”

Se como ele, você fracassou no seu casamento, saiba que Deus é Deus de recomeços. Ele tem um grande projeto para você. Só precisa que você esteja preparado para recomeçar — mas do jeito d’Ele, não do seu

05/12/2012

Fim de um dia cheio

Quando o melhor fica para o final

 
 
Ele chegou em casa após um dia cheio. Ela não chegara ainda, apartamento vazio e silencioso, tudo apagado. Tomou um banho bem demorado, vestiu algo bem confortável. Foi à cozinha e viu a despensa quase vazia. A geladeira, idem.
 
Apenas duas fatias de pão integral e algumas fatias de frios, umas três folhas de alface e duas rodelas de tomate num pequeno pote plástico. “Ah, ali na caixinha há leite suficiente para um copo de chocolate gelado.”
 
Caprichou no improviso. O copão de chocolate geladinho batido no liquidificador, espumante. O sanduíche, embora simples, delicioso. Foi para o sofá macio da sala, sob apenas a luz do abajur. Não ligou tevê nem som, queria curtir o silêncio. O lanche merecia exclusividade. Começou a comer o sanduíche pelas beiradas, mordendo primeiro a casquinha do pão, deixando o miolo para depois.
 
“O melhor deve ficar para o final”, pensou.
 
Finalmente, o pão todo sem a casquinha. Só o miolo macio e o sabor dos frios defumados e da saladinha bem temperada. Sorriu com um daqueles sorrisos que só as coisas mais simples conseguem pôr no rosto da gente. Ia dar a primeira mordida na melhor parte.
 
Barulho de chave girando na porta. Ela entra com a expressão cansada, ainda assim linda como sempre. Deixa a bolsa no aparador fica em pé a meio caminho do sofá.
 
- Oba! Sanduíche! Estou cheia de fome. Vou fazer um também!
 
E ia entrar na cozinha. Ele olhou para o pão em suas mãos...
 
- Hmmm, amor... Não tem mais nada aí...
Ela fez muxoxo, deu de ombros e foi sentar-se ao lado dele.
 
- Pode pegar esse pra você. Eu já comi um pouco, mas tudo bem!
 
- Não, amor... Pode terminar, que é isso!
 
- Come, amor! Olha como está gostoso!
 
Ela comeu, saboreando cada mordida (“Está gostoso mesmo!”). Comeu tudo, limpou a boca com o guardanapo, no qual deixou também um restinho de batom. Ele esticou para ela o copo com o chocolate (tinha dado só uns dois goles), que ela tomou todo, lambendo o bigode de leite que ficou no lábio.
 
Olhou pra ele, ajeitou os cabelos molhados do marido, passando-os por trás das orelhas.
 
A moça deu-lhe um beijo. Um daqueles beijos de selinho, mas demorados, com um suspiro junto.
 
Ficou olhando bem nos olhos dele. Levantou-se e foi em direção ao quarto. Entrou, mas voltou, pôs a cabeça para fora da porta e deu um sorriso para o marido que só quem ama sabe dar, os olhos cansados, mas brilhando mesmo à luz baixa e longe do abajur. Sumiu de novo porta adentro. Mas seu sorriso permaneceu, de algum modo.
 
Ele, no sofá:
 
"É... O melhor deve mesmo ficar para o final..."

03/12/2012

"Tudo bem, vou dar um desconto pra você"

A compreensão fortalece os laços amorosos em um relacionamento

 
Por Tany Souza / Foto: Thinkstok
tany.souza@arcauniversal.com
 
 
A frase do título é cotidiana entre os casais, principalmente quando há um pedido que exija confiança e compreensão. Mas o que isso significa?
 
Segundo a psicóloga Débora Cristina de Macedo Jorge, esse tipo de atitude significa levar o companheiro em consideração. “É importante porque você tem que avaliar a pessoa de um modo geral. Se ela faz algo que não gostou, o essencial é considerar o que ela é para você, e não somente aquilo que fez.”
 
Esse “desconto” define que o outro tem um crédito com você. “Tudo o que é bom que vem daquela pessoa se torna crédito, e isso dá condições de deixar passar algum erro, de considerar que aquilo faz parte do ser humano”, esclarece Débora.
 
Porém, essa atitude de compreensão se limita a situações corriqueiras de um relacionamento. “Se a pessoa trai, isso limita os créditos que tem, zera e começa a ficar no saldo negativo.”
 
É claro que a compreensão pode passar dos limites até mesmo em circunstâncias mais amenas.
 
“Considerar um erro não significa que não haverá conversas. É bom que o outro reveja os conceitos e reflita sobre o que acabou de fazer, isso permitirá que perceba que sua atitude chateou o companheiro”, explica Débora.
 
Troca
 
Débora explica que, para os descontos na relação sempre existirem, é preciso pensar primeiro em fazer o outro feliz. “Nunca pensar em fazer você ser feliz, mas sim colocar a pessoa amada como prioridade, automaticamente os créditos estarão sempre em alta. Mas é claro que a recíproca tem que ser verdadeira”, finaliza a psicóloga.

30/11/2012

A verdade acima de tudo

Relação amorosa deve ser transparente em sem mentiras

 
Por Tany Souza / Fonte da imagem: Thinkstock
tany.souza@arcauniversal.com
 
 
Contar ou não contar? Dizer tudo ou somente uma parte? Há situações que deixam dúvidas de como agir com a pessoa que se ama. Mas o fato é que a verdade vale a pena, mesmo que traga alguma mágoa.
 
A psicóloga Débora Cristina de Macedo Jorge afirma que a mentira pode ser prejudicial também para quem deixou de ser verdadeiro. “Quando se omite algo ou se conta meia verdade, de alguma maneira fica aquele sentimento de acusação para quem deixou de dizer a situação real, porque sabe que ficou alguma coisa presa lá atrás.”
 
E esse é um dos motivos pelos quais a verdade deve prevalecer. “A verdade deve estar acima de tudo, porque há situações em que não vale à pena carregar o sentimento de culpa, de acusação por ter mentido ou contado meia verdade”, afirma a psicóloga.
 
Quando alguém não fala a verdade, geralmente cobra mais transparência do parceiro. “A pessoa que omite ou que fala pela metade normalmente cobra do outro a transparência, justamente por ela agir dessa forma, porque sabe que tem aquele assunto mal resolvido. Ela não admite que o outro também tenha em relação a ela.”
 
A questão é que ambos devem saber lidar com o fato. “Os dois precisam aprender a aguentar a realidade de ambos, mesmo que traga mágoas e ressentimentos, para se libertar do que incomoda e assim conseguir prosseguir com a vida, sem mentiras que os prendam ao passado”, esclarece Débora.
 
Porém, a psicóloga alerta que não é indicado desenterrar erros do passado, mas sim ser sincero de agora em diante. “As pessoas só devem voltar no tempo e falar sobre o que aconteceu se isso estiver atrapalhando o relacionamento atualmente. Se não traz culpa nenhuma, sentimento nenhum, é somente decidir ser sincero daquele momento em diante”, finaliza a psicóloga.

28/11/2012

Homem de Verdade



Deus criou o homem à sua imagem e semelhança, e a partir daí o diabo passou a trabalhar para que o homem o deixasse de ser. O primeiro grande problema do homem veio exatamente porque se deixou levar pela má decisão de sua mulher.
 
O nosso Deus não é conhecido pelo Deus de Sara, Rebeca e Raquel. Isso não é machismo, mas entenda que, mesmo vivendo em uma sociedade de direitos iguais, os papéis não são iguais. O homem de verdade sabe que ele é o provedor e protetor de sua casa. É ele quem deve ter a palavra final, ser o cabeça, ou seja, tomar as decisões. Mas a cada dia, o que vemos é o homem transferindo suas responsabilidades à mulher, em muitos casos, inclusive, é ela quem sustenta a casa.

Portanto, é preciso:
 
1° - Ser Homem de Verdade

Quase não se vê uma mulher casada que passa horas no videogame, ou que saia para um bar ou para praticar qualquer esporte, deixando o marido em casa com o filhos. Mas é muito frequente ouvir mulheres que se queixam dos maridos que passam mais tempo com os amigos ou diante de uma televisão ou computador se distraindo do que com elas. É decepcionante! Porque o homem que ela pensou que havia se casado segue sendo um menino.
 
Então, em primeiro lugar você deve se perguntar: Sou um homem de verdade? Assumi o meu papel de homem?
 
2° - Ser o Homem que a Esposa espera

A mulher quer se sentir segura, protegida. Ela quer participar das decisões, mas espera que o marido seja decidido, e que inclusive a contrarie, se for necessário. O marido não pode se excluir de suas responsabilidades de ser esposo e pai. Ele tem que demonstrar o amor, dar atenção, motivar e exortar.
 
Uma mulher não casa somente por ter um companheiro sexual, ela quer muito mais, ela quer um homem de verdade a seu lado.

Será que você até hoje não percebeu que a sua esposa tem gasto toda a juventude, trabalhando duro para ajudá-lo nas despesas, sendo que você deveria todos os dias prometer a si mesmo que tirará a sua esposa desta vida difícil para proporcionar-lhe uma vida que nem os pais dela puderam oferecer?
 
Responda a você mesmo: Sou o homem que minha mulher espera que eu seja, alguma vez me preocupei com o fato de que ela pode estar insatisfeita comigo a ponto de querer se separar de mim?
 
3° - Ser Homem de Deus

O que faz um homem se tornar homem de Deus é a obediência. Muitos maridos têm se apoiado na fé de suas mulheres, eles se escondem. Hoje Deus não tem encontrado um "Abraão", é mais fácil encontrar uma mulher de fé do que um homem de fé. Onde está o guerreiro valente, onde está o homem de oração, de fé e confiança em Deus? Garanto que a sua esposa nunca se queixará por você ser um homem obediente a Deus, porque nisso você demonstrará que é o homem de verdade que ela sempre precisou, porque você obedece a Deus.
 
Responda a você mesmo: Qual foi o dia em que você decidiu sacrificar para Deus em obediência? Você está realmente cansado de decepcionar a si, a sua esposa e a Deus? Então saia da caverna da acomodação e sacrifique para Deus, é hora de você ser o "Gideão" que há dentro de você!
 
Pastor Walber Barbosa

22/11/2012

Os perigos de guardar mágoa do companheiro

Bispo Adilson Silva alerta sobre as consequências desse mal

 
Débora Ferreira / Foto: Thinkstock
debora.ferreira@arcauniversal.com
 
 
Em situações que envolvem traição, mentiras e injustiças, a raiva surge espontaneamente. Mas, o problema maior ocorre quando esse sentimento se transforma em mágoa. De acordo com estudos, 57,3% dos homens causam essa dor nas mulheres. Em contrapartida elas são responsáveis por entristecer 42,6% deles.
 
O fato é que o cérebro das pessoas que não se desligam totalmente de um problema passado produz substâncias químicas e hormônios ligados ao estresse, o que prejudica diretamente a saúde. Inclusive essa amargura toda pode elevar a pressão arterial. Em alguns casos, a intensidade emocional causa até mesmo dor física.
 
“Se existe algo que pode ser apontado como destruidor de relacionamentos, o nome disso é mágoa, um sentimento ruim, que fica guardado a sete chaves e faz com que a mente se lembre com detalhes do mal que o outro lhe causou. Quando essa lástima traiçoeira chega ao coração (o centro das vontades), pode passar décadas, mas a pessoa não se esquecerá facilmente do que aconteceu”, explica o apresentador do programa The Love School - A Escola do Amor (www.iurdtv.com), bispo Adilson Silva.
 
De acordo com o bispo, a única arma para vencer essa dor ruim é o perdão. “E ele não pode ser da boca para fora, tem que vir de dentro, porque só assim nunca mais o problema será lembrado. Por exemplo, é possível que um casal feliz tenha discussões, mas se conseguir superar cada obstáculo, permanecerá junto para o resto da vida. Os dois têm que exercitar o perdão, saber perdoar”, destaca o bispo. Ele ainda completa dizendo que o problema toma uma proporção maior quando a pessoa vai acumulando tristezas, pois isso é favorável para que se crie um muro dentro do relacionamento.
 
Tome cuidado para não deixar que a situação fique cada vez mais distante e a causa inicial do problema não seja esclarecida o quanto antes. “Quando acontece do casal se sentar depois de muito tempo para resolver a última situação que levou a um mal-estar, o que não pode acontecer é desenterrar todos os acontecimentos passados, porque as mágoas vão se renovando, até chegar ao ponto de a relação ficar insustentável e os dois se autodestruírem”, alerta a também apresentadora do programa The Love School - A Escola do Amor (www.iurdtv.com), Rosana Silva.
 
Quem se aflige com algo que deveria ter ficado no esquecimento é o maior prejudicado. “Se ela sai de uma relação magoada, não só comprometeu aquele relacionamento como o próximo também.
 
Enquanto a ferida não for fechada, será um problema”, explica o bispo. A mágoa faz com que a pessoa fique rabugenta, intolerante, propicia diminuição da autoestima, enfim, é uma doença na alma.
 
“Normalmente, aquelas mais emotivas são propensas a guardar mais esse sentimento ruim. Uma pessoa magoada não é feliz e não tem condições de fazer o companheiro feliz”, finaliza o bispo.
 
Um relacionamento transformado por Deus
 
“Eu estava sofrendo muito com o meu casamento. Era uma pessoa muito complexada e com baixa autoestima, e isso fazia com que meu marido não se sentisse feliz comigo. Procurei a IURD para buscar o perdão e esquecer tudo o que passou. Me propus a buscar uma nova pessoa em mim. Quando parei de cobrar a perfeição no meu marido, começou a transformação”, lembra a analista de cobrança Cibele Marinho.
 
Segundo ela, a partir do momento que o esposo percebeu as mudanças da companheira, atreladas às explicações de como mudar, ele também buscou ajuda. “Eu olhava a transformação da Cibele e quis para a minha vida também. A minha mágoa era porque a família dela não aceitava nosso casamento no princípio, e isso afetava muito em qualquer briga que a gente tinha”, comenta Tadeu Marinho.
 
Ela recebeu o Espírito do amor e ele seguiu o exemplo.
 
Melhore a sua vida sentimental também. Todas as quintas-feiras, na IURD, acontece a Terapia do Amor. Durante os encontros, os palestrantes explicam, entre outros assuntos, que para ser feliz é necessário que algumas regras sejam estabelecidas dentro do relacionamento. Se você é solteiro, casado ou separado poderá encontrar nessas reuniões a direção ideal.

17/11/2012

Homens tendem a perdoar menos a traição

Somente 13% dos entrevistados dariam uma segunda chance à companheira

 
Da Redação / Foto: Thinkstock
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Apenas uma média de um entre dez homens perdoaria a esposa, noiva ou namorada por traição, segundo pesquisa britânica encomendada por uma empresa de produtos de lavanderia bastante popular no Reino Unido.
 
Do outro lado, seis em cada dez mulheres perdoariam os parceiros traidores, além de flertes e negligência no que tange ao romance.
 
Entretanto, algo interessante foi descoberto no estudo: elas tendem a perdoar uma ou duas dessas faltas, mas normalmente deixam os homens na terceira vez. A duração dos casos extraconjugais também é analisada e influi na probabilidade de perdão.
 
Os homens que alegaram perdoar uma infidelidade da companheira foram 13% dos entrevistados.
 
Do total, 89% das pessoas entrevistadas, entre homens e mulheres, disseram que, mesmo em caso de o perdão acontecer, recuperar a confiança no cônjuge seria o problema mais difícil de resolver. De acordo com a pesquisa, 38% dos relacionamentos britânicos apresentam algum tipo de infidelidade.
 
Quando os pesquisadores perguntaram sobre o que contribuiria para que a traição não ocorresse de nenhum dos dois lados envolvidos, a resposta quase unânime foi ser honesto, franco, aberto sobre os sentimentos um para com o outro. O bom, velho e eficiente diálogo.

15/11/2012

Não se deixe levar pela influência negativa do companheiro

É preciso firmeza e muita paciência para inverter a situação e mostrar que tudo pode correr bem

 
Por Tany Souza / Fonte da imagem: Thinkstock
tany.souza@arcauniversal.com
 
 
Você está empolgada e chega seu marido e diz: “Não vai dar certo, você vai ver. Melhor nem arriscar!” Como agir? Por que será que ele é tão negativo?
 
A psicóloga Débora Cristina de Macedo Jorge diz que atitudes assim podem até mesmo influenciar no casamento. “Por isso, é preciso sempre pensar que o bem tem que sobrepor o mal e, dessa forma, se comportar conforme seus valores, para que seu comportamento positivo sobressaia e possa influenciá-lo.”
 
Mas isso não é tarefa fácil, já que casamento não é uma relação à distância. “Se já sabe que esse negativismo faz parte do comportamento dele, da sua cultura, é necessário se blindar contra isso.”
 
E essa defesa contra a influência negativa do parceiro deve ser feita com cautela. “Essa blindagem acontece ao se colocar sempre como ouvinte e, de forma delicada, colocar a outra visão, provando com resultados que aquilo que você disse funciona. É com os resultados que se consegue impor sutilmente o lado positivo”, ensina Débora.
 
Para isso, a psicóloga enfatiza que é preciso saber de onde vem a negatividade do companheiro, para tentar ajudá-lo. “Aquilo que faltou para ele no passado deve trazer para o presente. Como, por exemplo, o carinho. Há homens que não sabem ser carinhosos, porque não receberam isso. Cabe ao outro ensinar aquilo que o companheiro não teve antes.”
 
Mas é claro que não é sempre que estará disposto a lidar com o negativismo do outro. “Se já sabe que a pessoa é assim, há duas opções para conviver: se não estiver preparada naquele momento, deve evitar. Ou já vai com armadura para aquilo que ele falar ser neutralizado e não lhe atingir. É claro que no casamento não há como evitar o outro, por isso, a dica é não bater de frente”, finaliza a psicóloga.

09/11/2012

10 pedidos de toda esposa


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  1. Que eu seja a única mulher de sua vida. Me faça sentir suficiente para você.
  2. Quando eu estiver falando, preste atenção. Ouviu?
  3. Sim, eu preciso ouvir você falar que me ama de vez em quando. Mas três vezes ao dia também enjoa. Menos.
  4. Não sou máquina de sexo. Mas até máquina precisa de aquecimento e manutenção. Imagine eu.
  5. Não minta para mim. Nunca. Jamais. Incentivo: eu ainda tenho aquele pau de macarrão lá na cozinha.
  6. Não me importo que você seja o líder. Apenas me dê razões para confiar na sua liderança. Saber para onde estamos indo também ajuda.
  7. Me faça sentir segura com você. Caráter. Domínio próprio. Trabalho. Em tudo.
  8. Surpreenda-me de vez em quando. Boas surpresas me fazem sentir especial.
  9. Eu gosto quando você realmente se interessa no que penso. E me diz o que pensa.
  10. Quando eu estiver estressada, agindo e falando como uma doida, simplesmente pegue minha mão, me abrace, me acalme e diga: “Vai dar tudo certo.” Depois aproveita e leva o lixo para fora.
  11. (Não podia ser só 10, né?) Leia o livro Casamento Blindado comigo?
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08/11/2012

10 pedidos de todo marido


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  1. Não levante a voz para mim. Sua voz doce surte muito mais efeito.
  2. Se eu não dei razão, não me acuse de flertar com outra mulher.
  3. Vista-se sensualmente só para mim.
  4. Às vezes eu realmente não estou pensando em nada. Acredite.
  5. Pode levar o tempo que quiser para se arrumar, desde que a gente saia na hora combinada.
  6. Não me exponha diante dos outros. Jogue para o nosso time, não contra.
  7. Nunca me deixe ser o último a saber.
  8. Deixa eu te caçar 80% das vezes. Os outros 20% você me caça (gosto de ser caçado de vez em quando também).
  9. Você merece tudo o que tem no shopping center. Verdade. Mas lembre-se que o nosso cartão tem limite.
  10. Vamos deixar de implicar com a tampa do vaso. Se ela estiver para cima, você a põe para baixo. Afinal, quando ela está para baixo, eu a ponho para cima.
Amanhã: 10 pedidos de toda esposa
Leia também:

31/10/2012

Zípora

Ela desobedeceu a Deus e quase perdeu o marido

 
Por Tany Souza / Fonte da imagem: Thinkstock
tany.souza@arcauniversal.com
 
Zípora era esposa de Moisés. Ele havia salvado ela e suas irmãs da maldade de um pastor que queria impedi-las de dar de beber ao rebanho de seu pai, chamado Jetro (Êxodo 2:16-21).
 
Moisés queria circuncidar seu filho Gérson, por fazer parte dos desígnios de Deus para aquela época, mas o ato não agrava à mãe, Zípora, que evitou ao máximo que isso acontecesse (Êxodo 18:3-4).
 
Porém, quando chegou o tempo de Moisés estar na presença de Faraó, para libertar os hebreus, ao chegarem a uma estalagem, o Senhor encontrou com Moisés e desejou matá-lo, por sua falta de obediência em não ter circuncidado o filho (Êxodo 4:24).
 
Zípora, percebendo o que estava prestes a acontecer, pegou uma pedra afiada e circuncidou o prepúcio de seu filho, mas depois acusou Moisés de ser sanguinário (Êxodo 4:25-26).
 
É preciso obedecer na hora certa
 
Quantas vezes as mulheres deixam de fazer algo que é importante para o marido, julgam que aquilo não tem importância, deixam para última hora? Muitas vezes, o resultado disso são consequências financeiras, profissionais e até mesmo amorosas.
 
Zípora foi uma dessas mulheres que não quiseram obedecer a Deus incondicionalmente e deixou que a situação chegasse ao limite, a ponto dela mesma agir, em cima da hora, para salvar a vida de seu marido.
 
Que as mulheres possam ser sábias, para não criar problemas para o marido, a ponto de impedi-lo de ser um servo fiel e obediente.
 
É preciso obedecer no momento certo o que Deus determina em Sua Palavra que façamos, sem deixar para depois.

O PODER DA MULHER


“Minha mãe só reclamava de mim, tudo que eu fazia não servia para ela, vivia me apelidando de ‘sem-graça’.”
 
Em uma conversa com amigas na semana passada, decidimos falar sobre nossas raízes, e, por incrível que pareça, a mulher foi a que mais nos influenciou a errar mais tarde… Que estranho, não? Somos mães, amigas, filhas queridas, e ao mesmo tempo, também aquelas que mais prejudicam de vez em quando…
 
É muito perigoso ser mulher. Se você é uma, talvez nem saiba o quanto é perigosa e arriscada. E não se trata de um terror psicológico, não. Nem precisa se levantar da cadeira e ir até a polícia pedir para que lhe prendam, porque não é deste tipo de perigo que estamos falando, mas do poder que ela tem de influenciar.
 
Não pense que é um exagero, porque você vai compreender como o homem é facilmente influenciado pela mulher. Vai entender como já influenciou, de uma forma ou de outra, o seu esposo, filho, amiga… Positiva ou negativamente.
 
De uma maneira negativa, e até mesmo desesperada, a mulher pode usar, propositalmente, o charme que naturalmente tem para conquistar o que quiser. E se ela se aplicar a isso, mesmo sendo por meios obscuros, pode alcançar seus objetivos rapidamente – ainda que fique desmoralizada depois.
 
Também pode influenciar as amigas com comentários maldosos sobre outras pessoas. Pode deixar o marido cabisbaixo e se sentindo um nada com as suas críticas destrutivas. E pode, entre tantas outras coisas, até mesmo levar alguém ao chão, ao mais profundo abismo, sem muito esforço para isso.
 
O pior é que às vezes ela nem precisa de palavras. Basta um olhar, um gesto, um levantar de sobrancelhas, uma respiração profunda em uma situação… São apenas detalhes, mas são tão poderosos como balas na agulha. Agora você entende melhor por que ser mulher é tão perigoso?
 
Porque ela não precisa de muito. Não precisa dar um sermão ou mesmo agredir com uma bofetada.
 
Só é preciso algumas faíscas e o incêndio está formado. E não pense que isso é cruel ou injusto demais. Porque a influência é um poder para o bem ou para o mal. Para conduzir o marido ao Céu ou ao inferno. E infelizmente, neste caso, não há neutralidade.
 
Você lembra o que aconteceu com Adão? Ele foi o primeiro homem da face da Terra, foi criado pelas próprias mãos de Deus, tinha um ótimo relacionamento de amizade com Ele, estava acima das outras criações, mas quando foi influenciado por sua mulher, Eva, tudo acabou para ele.
 
Só entre nós… Adão deve ter ficado tão arrependido de ter ouvido a esposa justamente naquilo que não devia, que pode até ter sido o criador daquele ditado popular “Antes só do que mal acompanhado”.
 
Mas, brincadeiras à parte, o diabo sabe que a mulher tem um poder – ela sendo ciente disso ou não. E sabe também que se ela não vigiar, pode ser um ótimo instrumento de uso dele. Foi o que aconteceu com Eva. É o que acontece com muitas de nós.
 
E como podemos, então, usar o poder da influência de maneira positiva?
 
Na verdade, a mulher que influencia com sabedoria sabe que o seu papel é servir. Ela serve porque ama, porque teme e porque segue as orientações de Deus. Devido a isso, ela não julga ninguém pelos olhos. Não faz os outros acreditarem que apenas ela está certa. Não se mostra demasiadamente justa – porque sabe muito bem que não é perfeita. Não derruba, mas levanta quem está ao seu lado. E justamente por isso o seu marido se sente bem. Porque ela não impõe nada a ele, mas o aconselha.
 
Não o critica, mas o alerta. Não o faz se sentir inferior, mas o respeita e o coloca no lugar de destaque.
 
E ela faz isso porque conhece a Deus. Não que seja religiosa, mas porque mantém uma profunda intimidade e comunhão com Ele. E por isso sabe esperar o tempo certo para falar – e sabe o que fala.
 
E porque um dia almejou conhecer o Espírito Santo, deu tempo ao tempo e aprendeu a usar a sabedoria, conseguiu mudar e levar a família para perto de Deus.
 
É por isso que a mulher é auxiliadora e não manipuladora. Ela tem o privilégio e o dom de Deus de poder fazer o que o Seu Espírito faz, agindo da mesma forma suave e natural como Ele age. Mas, para isso, deve ser sensível a Sua voz – e a do diabo também –, para saber distinguir e decidir a quem vai ouvir.
 
Aliás, olha só o relato desse rapaz que foi influenciado pela mãe e a irmã por meio do Godllywood:
 
 
por: Cristiane Cardoso
 
Escritora dos livros 'Melhor do que Comprar Sapatos', 'A Mulher V', e 'Casamento Blindado'. Fundadora de 'Godllywood' e 'Projeto Raabe'. Apresentadora do programa 'Escola do Amor' na Rede Record aos sábados 12h.

30/10/2012

A ajuda que você precisa: como lidar com pessoas depressivas.

 
 
Imagine a seguinte situação: você acorda às 7 da manhã com seu filho de 5 anos dizendo que está com dor de cabeça. Você mede a temperatura da criança e vê que ela está com 39,5 de febre. Você dá um pouco de suco de laranja para ela, mas ela não consegue segura-lo no estômago e vomita o suco. Percebendo o problema, você senta com a criança no sofá da sala e diz: "Oh filho! Não fica assim não. Não fica com febre não, tá bom?" Ou então diz o seguinte: "Oh filho! Você precisa sair dessa febre. Eu sei que é ruim, mas você precisa sair dela, tá bom?" Ou então: "Olha filho, eu sei que está com febre, mas não posso fazer nada por você. Mas sei que você sabe o que fazer! Conto com você!".

Eu acredito que muita gente vai concordar comigo que esses "métodos" para curar a febre da criança são pouco eficientes. Simplesmente não funcionam. E se você perguntar porquê, todo mundo vai saber responder:

(1) febre não depende de você querer ou não.
(2) febre é algo "físico" que ocorre no organismo e não "algo da sua cabeça"

É isso mesmo. Febre não depende de querer e nem é algo da nossa cabeça. No entanto, quanto se trata de depressão, a história muda. Existe ainda a crença de que depressão se cura "com conversa" e que na verdade depressão é "tristeza" da cabeça de alguém. Parte dessa crença vem da completa falta de conhecimento do que é a doença (o que ela afeta e como ela é combatida) e da completa falta de conhecimento de como lidar com pessoas depressivas. A minha postagem de hoje tem uma função meio utilidade pública: quero te ensinar um pouco sobre a doença e como lidar com pessoas à sua volta que têm depressão.

Primeiro ponto importante: depressão, assim como a febre, é uma doença física. Apesar de conhecermos ainda pouco sobre todas as causas e sintomas específicos da depressão, uma coisa podemos dizer com certeza: depressão tem uma base física (neurológica) bem fundamentada.

A doença: o cérebro humano é composto de, mais ou menos, 10 milhões de neurônios (células nervosas). Essas células são conectadas entre si. Essas conexões que possibilitam que uma célula se comunique com a outra. A comunicação entre dois neurônios ocorre em forma de impulsos elétricos -- uma célula envia um impulso elétrico para uma outra célula através da conexão entre elas. A base do nosso processamento cognitivo, movimentos, funções vitais, emoções, etc. está nessa constante troca de impulsos elétricos (um eletroencefalograma, por exemplo, mede exatamente esses impulsos elétricos).

No entanto, quando olhamos essas "conexões" de perto (usando um microscópio), vemos que, na verdade, um neurônio nunca encosta em outro. Existe um espaço entre uma célula e outra -- chamado sinapse -- e nesse espaço existem moléculas (enzimas) bem pequeninas chamadas neurotransmissores. São essas moléculas que "transmitem" um impulso elétrico de uma célula à outra. É como se elas pegassem o impulso de uma célula e levassem até a outra (uma espécie de office-boy das células). Apesar de pequeninos, esses neurotransmissores têm um papel muito importante no processamento de informação no cérebro. Se eles param de funcionar, a comunicação entre as células fica comprometida.

Um desses neurotransmissores -- conhecido como serotonina -- está presente em grande quantidade na região límbica do cérebro (a região responsável pelo controle das emoções e do humor). Esse neurostransmissor está envolvido na estimulação de batimentos cardíacos, na estimulação do sono, na excitação sexual, etc. A serotonina é um regulador de extrema importância no funcionamento correto do cérebro, principalmente no que diz respeito à como controlamos nossas emoções. Um outro neurotransmissor importante é conhecido como noradrelina. Esse está relacionado com o sistema que nos mantêm alerta (além de outras funções, claro).

Pacientes com depressão têm uma quantidade comprovadamente pequena de serotonina e noradrelina em suas sinapses nervosas. Em outras palavras, a comunicação entre os neurônios que precisam desse neurotransmissor é extremamente deficiente. E como esses neurônios se encontram em grande quantidade no sistema límbico do cérebro (aquele responsável pelo controle das emoções e humor), o cérebro encontra problemas em "lidar" com essas funções.

É como se o sistema límbico fosse um escritório responsável pelo controle das emoções. Cada neurônio (um funcionário do setor) tem uma responsabilidade distinta. Para um perfeito funcionamento do setor, os funcionários precisam se comunicar efetivamente. Imagine que o funcionário A envie uma mensagem para o funcionário B dizendo como ele deve agir em determinada situação (fogo, por exemplo). Se a informação do funcionário A nunca chega ao funcionário B, não há como o funcionário B saber como agir na determinada situação de fogo. E essa informação só não chegou ao funcionário B, porque o responsável pela transmissão dela (o neurotransmissor) não está presente. De uma forma bem simplista, é isso que ocorre!

Então? Existe remédio para isso? Sim. Sob um ponto de vista puramente biológico, a função do antidepressivo é curar esse problema de comunicação: ele "regulariza" o nível de serotonina (ou noradrenalina, dependendo do tipo de antidepressivo) nas sinapses nervosas. O Prozac, por exemplo, inibe um processo conhecido como "reutilização" de serotonina, o que consequentemente aumenta a quantidade de serotonina disponível na sinapse. Um antidepressivo não vai te deixar "feliz", mas vai auxiliar no controle da comunicação entre dois neurônios, de maneira que, diante de uma situação em que o controle das emoções seja necessário, essa comunicação ocorrerá de maneira mais efetiva.

Isso quer dizer que a depressão é puramente física? Obviamente, não. Ainda se conhece pouco sobre como todos os fatores (biológicos, genéticos e "sociais") que se combinam para criar quadros de depressão. Apesar de estar claro os fatores isolados que "causam" a depressão, ainda estamos em fases bem iniciais na compreensão de como esses fatores interagem. Mas ao mesmo tempo, sabemos que há uma disfunção física, de base neurológica, que caracteriza a doença. E isso precisa ser levado em consideração quando lidamos com pacientes depressivos.

Como lidar com eles então? Uma vez que você já sabe que existe um componente físico e que não depende da vontade do paciente para ser curado, evite achar que pode curar depressão com conversa. Da mesma forma que não faz sentido "conversar" para curar febre, não faz sentido apenas "conversar" para curar depressão.

Lembro que quando tive aulas de primeiros-socorros, uma das primeiras coisas que aprendi foi: "não tente remover a vítima, pois você pode piorar a situação dela". Lidar com uma pessoa depressiva é muito parecido com lidar com alguém que acabou de sofrer um acidente: executar algum procedimento sem "saber" o que está fazendo pode seriamente piorar o quadro da pessoa. Da mesma maneira que, ao lidar com alguém que acaba de sofrer um acidente, você às vezes não pode fazer nada, você não precisa dizer à pessoa que ela vai ficar sem a perna. Mais cedo ou mais tarde ela vai precisar saber que vai ficar sem a perna, mas isso não precisa ser dito na hora da agonia do acidente. Ao conversar com pessoas depressivas, evite dizer coisas do tipo "isso é coisa da sua cabeça", "você vai sair dessa; só depende de você", "não posso fazer nada por você". Mesmo que você não possa fazer nada, diga à pessoa "estou aqui com você e vou procurar ajuda para você".

Assim como ocorre com pessoas que sofrem um acidente, a cura para a depressão não é imediata. Mesmo após ir para o hospital, a dor das feridas do acidente ainda doem por um tempo. Mesmo depois que a pessoa procurar ajuda (que seja um antidepressivo), a cura ainda demora. O sistema límbico precisa se "reorganizar" para começar a funcionar normalmente de novo. É preciso paciência. E paciência vem com conhecimento do processo. Nunca se culpe pelo estado depressivo de alguém. A sua saúde mental é primordial se quer ajudar alguém depressivo. Mas saber como agir é essencial.

No pior das hipóteses, volte ao guia de primeiros-socorros. Pergunte! Procure saber. Leia sobre o assunto. Pergunte a quem entende. Essa atitude é melhor que do que simplesmente agir de qualquer maneira e arriscar machucar ainda mais alguém que já está suficientemente machucado a ponto de chegar à um quadro depressivo.

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Referência:

Wise, T. (1982). Depression, illness beliefs and severity of illness Journal of Psychosomatic Research, 26 (2), 247-253 DOI: 10.1016/0022-3999(82)90043-5

25/10/2012

Porque ele não casa comigo?


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Estou morando junto com meu marido há 4 anos, ele diz que me ama mas por que ele não casa comigo? — Simone S.
 
Simples: porque você foi morar com ele sem exigir casamento. Por que ele mudaria de ideia agora?
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