Ser íntimo é saber aceitar o outro mesmo quando há falhas
Débora Ferreira / Foto: Thinkstock
debora.ferreira@arcauniversal.com
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Antigamente, o respeito era preservado principalmente nas atitudes, e isso evitava que houvesse conflitos no relacionamento a dois. Há quem diga que a convivência é capaz de trazer liberdade em excesso, o que está diretamente ligado à intimidade, não apenas na questão sexual, mas também para situações do dia a dia. Assim, com o passar do tempo, os casais podem apresentar dificuldade em saber dosar o limite entre a intimidade e o respeito.
“No início da vida a dois tudo ainda é um mistério. Quando homem e mulher decidem se conhecer melhor há uma grande preocupação com os gestos e atitudes, por não saber qual a reação do parceiro. Essa falta de intimidade, por questões naturais, impõe respeito dentro da relação, mas conforme o casal se conhece, aos poucos trás para ele a intimidade, e é aí onde mora o perigo. Como pode haver amor sem respeito?”, questiona o apresentador do programa The Love School - A Escola do Amor (www.iurdtv.com), bispo Adilson Silva.
O respeito está embutido no amor e não tem como separar. Ser íntimo é saber respeitar mesmo quando há falhas. “Quando duas pessoas se conhecem, inicialmente não veem onde estão pisando. Após o casamento, o casal se conhece em detalhes e sabe que já se conquistou por completo e é óbvio que se torna algo mais pessoal. No relacionamento é preciso aprender a acatar as diferenças, falhas, defeitos. Tem coisas que não valem a pena ser levadas adiante, senão isso as torna um fardo”, alerta o bispo.
Ele destaca ainda que não existe amor se não houver respeito, e que o amor vem depois do casamento, acontece no momento em que nasce o companheirismo. “No início, as pessoas ainda são muito diferentes, mas, com o passar do tempo, um mergulha na alma do outro”, explica.
Enfim, uma regra importante para o sucesso é se colocar no lugar do parceiro. Você não deve ser artificial, tentando demonstrar ser alguém que não é, pois se ele a ama, vai, automaticamente, compreender seus defeitos.
“Ninguém consegue amar alguém que não lhe respeite”, finaliza o bispo.
Um casal transformado por Deus
“Logo no início do casamento, quando eu ficava doente, optava por esperar meu marido chegar para pedir que me levasse ao médico. Assim que ele entrava em casa, já resmungava sobre minhas dores e solicitava ajuda. Ele achava um abuso aquela minha solicitação e sempre dizia que era tarde da noite para ficar doente e que era para eu esperar o outro dia”, lembra Paula de Jesus, casada há 12 anos.
Segundo seu esposo, Marcelo de Jesus, ele nunca teve referência familiar e isso contribuía para que a atitude fosse essa. “Perdi meu pai muito cedo.
Cresci na casa de um tio e de outros parentes, não tive exemplo do que é carinho, então, eu achava que era demais ela ficar doente e me pedir que a levasse ao pronto atendimento no horário do meu descanso, afinal, eu acordava cedo para trabalhar”, conta.
Para Paula, o importante era agradá-lo, só que de sua forma. “Eu pensava primeiramente em mim. A transformação aconteceu quando eu parei para pensar o que realmente dava prazer ao meu esposo, e foi assim que comecei a fazer exatamente o que ele esperava. E ele, por sua vez, começou a ser mais gentil e agradável.”
O casal aprendeu que é preciso haver sacrifício para que a união se fortaleça.
Participe todas as quintas-feiras, na Igreja Universal, da Terapia do Amor. Durante os encontros, os palestrantes explicam que para ser feliz é necessário que algumas regras sejam estabelecidas dentro do relacionamento. Se você é solteiro, casado ou separado poderá encontrar nessas reuniões a direção ideal.