28/06/2012

Quando somos nossos próprios abusadores

Há quem nunca tenha sofrido um abuso sexual, físico ou psicológico, mas, mesmo sem compreender essa realidade, se autoabusa constantemente, porque não consegue largar esse dó que costuma sentir de si mesmo, ou porque supervaloriza a própria pena, o trauma e o passado


Por Jaqueline Corrêa / Foto: Thinkstock
jaqueline.correa@arcauniversal.com

Não é uma, nem duas ou três vezes que você se lamenta por algo que sofreu. Pensa no episódio tantas e repetidas ocasiões, que a pena de si mesmo é o que acaba lhe movendo.

Não é algo tão consciente, bem como sua intenção não é precisamente má, mas isso é o que você pensa e não o que realmente é.

Horas se passam e dificilmente você percebe que um sorriso saiu espontaneamente de seu rosto. Seus olhos não brilham, a não ser que estejam lacrimejando. E quando vê uma cena triste na tevê, fatalmente vai remeter-se ao passado imundo que viveu ou foi forçado a vivenciar.

Aquele alguém invadiu a sua privacidade, entrou em sua intimidade, lhe traiu e decepcionou. Você foi avisado que a porta principal de entrada de sua vida estava fechada para a felicidade e o seu direito era apenas o de entrar pelos fundos, sempre se escondendo e se humilhando.

E depois que aquele abuso aconteceu, nada mais houve de bom em sua vida – pelo menos você não consegue reconhecer as belas coisas do dia a dia em nenhum lugar, nem as que estão dentro de si, encabuladas, porque você mesmo as considera inferior. Você se fecha, se exclui, se rebaixa e se joga do patamar que havia construído enquanto sonhava. Agora só vive um pesadelo e está emaranhado nessa teia de dor.

Foi o abuso sofrido na infância, a palavra mal dita pelos pais, a falta de educação grotesca de um amigo, a traição do marido, a decepção com a esposa, a mágoa da má intenção, a falta de respeito.
E nessas lembranças, você se entranha, e se esconde, e então se conserva. Porque, mesmo sem querer ou sem propósito, acredita que neste tormento solitário e senil é mais cômodo viver do que propriamente abandoná-lo.

O sofrimento em si é uma forma de abuso, consideradas, logicamente, as proporções para cada vítima, mas não deixa de ser um abuso.

Há quem nunca tenha sofrido um abuso sexual, físico ou psicológico, mas, mesmo sem compreender esta realidade, se autoabusa constantemente, porque não consegue largar esse dó que costuma sentir de si mesmo, ou porque supervaloriza a própria pena, o trauma e o passado.

E por isso o seu sorriso mais uma vez é amarelo, forçado para ser sociável, quando, na realidade, seu desejo era ser verdadeiro e dizer apenas que não gostaria de compartilhar da mesma gentileza da outra pessoa que lhe importuna. E assim você sai de cena mais uma vez.

Qualquer forma de abuso sofrido ontem ou hoje pode servir para lhe imunizar de diferentes abusos amanhã. Quando a dor vem, o melhor a fazer é encará-la de frente, mesmo que isso soe como mais um clichê de autoajuda. E não só encarar, é abandonar em seguida, para que ela não lhe tranque sem que você perceba e lhe faça passar anos da vida confuso, até tornar o seu sorriso uma palidez eterna.

Cultive um relacionamento de qualidade

O amor verdadeiro não aprisiona. Conheça a fundo seu parceiro e torne a vida a dois próspera


Por Débora Ferreira / Foto: Thinkstock
debora.ferreira@arcauniversal.com

Por que motivo alguém entra e sai da vida de uma pessoa sem estabelecer um vínculo afetivo duradouro? Por que ainda existe tanta dificuldade para se ter um companheiro de verdade?

Para a especialista em comportamento humano Roselake Leiros, atualmente, a forma de homens e mulheres se relacionarem é excessivamente livre e superficial, e não traz felicidade. Além disso, a falta de compromisso também leva à sensação de vazio e de amargura.

“Muitos dizem que é gratificante se envolver a cada dia com um novo parceiro, manter relacionamentos totalmente sem compromisso, mas as relações precisam de sinceridade e espaço para ambos terem a oportunidade de expressar o que realmente são. Não há o que temer, pois o amor verdadeiro não aprisiona”, diz a especialista.

Para dar certo, é preciso haver equilíbrio no relacionamento, entre defeitos e qualidades, além disso, entender que o namoro serve como um período de troca de experiências e aprendizado, e não para sufocar. Quando um casal está se conhecendo, é necessário observar o encanto de cada contraste.

“Existem diferenças importantes que precisam ser percebidas, compreendidas, respeitadas, discutidas e aproveitadas para o crescimento de ambos. Qual é o objetivo de ter uma vida a dois se não há vontade de conhecer tudo o que o outro tem a oferecer e vice-versa?”

De acordo com Roselake, no geral, a maioria das mulheres vê no relacionamento apenas uma possibilidade da realização dos sonhos e idealizações, e não algo construtivo para os dois. “Já os homens querem ser felizes agora e, com isso, viver a probabilidade de ter um compromisso. Ele não diz que sim e nem que não, apenas deixa acontecer naturalmente”, explica.

Mantenha a chama acessa

“Fixe-se no agora. Deixe as coisas do passado no seu lugar, pois cada momento é único. Transforme sonhos em objetivos e construa-os passo a passo, vivendo cada coisa em seu tempo e com inteireza. Confie que você e seu parceiro são os melhores a cada momento e que podem viver uma vida agradável”, ensina Roselake.

Segundo a profissional, é preciso conhecer a fundo o parceiro e quais são suas necessidades. Saiba reconhecer e admirar os pontos fortes, em você e nele. Procure se doar e receber, de maneira equilibrada. Assuma as responsabilidades que forem cabíveis e designe algumas a ele, não queira resolver tudo. Independentemente da situação, dê sempre o seu melhor.

Além disso, estimular a sintonia, o diálogo sincero, respeito aos gostos de cada um, procurar sempre atender equilibradamente a esses gostos, promover mudanças e viver de forma leve, alegre e espontânea, estimulando as trocas, faz o crescimento do casal e evita que o relacionamento caia na rotina. “Insegurança, cobranças e excessos de qualquer natureza abalam a vida a dois”, afirma a especialista.

Cada pessoa, assim como cada momento, é diferente. Respeitar e aprender com as diferenças, ser flexível, mas sempre respeitar seus valores, viver conscientemente e fazer avaliações de si e do outro como um tudo é importante. “Ame com respeito e acredite na felicidade”, finaliza Roselake.

A seguir: cenas do resto da sua vida


[Este post começou aqui. Mas há quem diga que começou aqui.]
 
Todo mundo tem uma história. E enquanto vivemos, vamos fazendo nossa história com nossas decisões, escolhas e atitudes. Como atores em um filme, nós tendemos a continuar cumprindo o papel que aceitamos.

Não estou falando apenas de história no sentido do que já passou conosco, mas também—e especialmente—o que ainda vai passar. Esse futuro, a história que ainda não aconteceu, nos dá a oportunidade de mudarmos o rumo do nosso personagem.

Qual a história de vida que você está vivendo? Qual o papel que você cumpre nessa história? Como você quer que ela seja daqui para frente?

A história que você crê para si mesmo, aquela que você se conta e abraça para si, é a história de vida que você terá. A história nestas palavras: “eu sou um vendedor nato” provavelmente lhe dará um futuro de alguém que está sempre vendendo algo—seja um produto, uma filosofia de vida, ou a si mesmo para outras pessoas.

“Eu não sou homem de uma mulher só” é uma história que muitos homens se contam e vivem.

“Eu não consigo arrumar ninguém” é a história de muitas encalhadas que, por causa desta história que elas contam para si mesmas milhares de vezes, acabam assumindo o papel de sozinhas. Profecias autocumpridas.

Defendi anteriormente que o poder de uma história está ligado à nossa capacidade de fazê-la acontecer. Portanto, é inteligente eu me aliar a alguém que tem muita capacidade e que se interessa em fazer de mim uma história de sucesso. Não conheço outra pessoa mais qualificada para isso do que o próprio Deus.

Deus é o grande Diretor de uma história mestre que inclui toda a humanidade. Ele procura pessoas, “atores” digamos assim, que creiam nessa história e aceitem cumprir o papel que Ele tem para elas.

Para figurar na história de Deus, eu tenho que entender o papel que Ele quer que eu faça, crer nele, e assumi-lo totalmente.

O bom ator é aquele que encarna o papel. Ele passa meses se preparando, entrando na mente do personagem, imitando a voz, vestindo as roupas… e muitos têm até dificuldade de abandonar o personagem mesmo depois das gravações do filme…

Para entrar na história de Deus, ganhar um papel de destaque nela, eu tenho que agir da mesma forma. Tenho que crer com todas as minhas forças no papel que Ele tem para mim—encarnar o personagem.

Se Ele diz “Sê tu uma benção”, como disse para Abraão, eu tenho que assumir esse papel e passar a ser uma benção. Se Ele diz “Você pode mover montanhas com a sua palavra, e nada lhe será impossível” (Mateus 17.20) —então eu tenho que me apossar deste papel e agir de acordo.

Foi assim que homens e mulheres de fé ganharam destaque na história de Deus—crendo, assumindo o papel que Deus havia dado para eles.

Mas a história de Deus continua. As promessas d’Ele estão aí, para quem quiser crer. Ele já determinou um papel de destaque para você. Mas se você não crer, esse papel vai para outro que crê.
  • Alguém será o maior empresário do ano no seu ramo. Poderá ser você ou seu concorrente.
  • Alguém deixará seu passado de horror e se tornará uma nova pessoa. Poderá ser você ou outro que crer.
  • Alguém deixará de ser pobre e passará a ser milionário porque acreditou numa ideia de negócio. Poderá ser você ou alguém que ousou mais.
  • Alguém abandonará todos os seus bens e planos pessoais e irá para o altar para pregar o Evangelho onde Deus mandar. Poderá ser você ou quem valorizar isso mais que tudo.
  • Alguém será tão feliz com um novo amor que esquecerá a dor de um amargo divórcio. Poderá ser você ou outra pessoa divorciada que abraçou este novo papel para ela.
Entre na história de Deus. Assuma o seu papel. Aja como quem crê totalmente.

É você quem decide as próximas cenas.

27/06/2012

A pessoa mais feliz do mundo. Estrelando VOCÊ


Qual o processo de realização de um filme de sucesso?
Primeiro tem que haver uma história forte, dramática, inspiradora. Daí, um escritor tem que colocar essa história no papel. Esse escritor, ou dramaturgo, é quem vai trazer essa história para a vida na mente dos diretores, dos produtores, do elenco e toda a equipe realizadora.

Toda história tem personagens. Por isso, um dos fatores principais de um filme de sucesso é escolher bons atores. O diretor de elenco, uma vez familiarizado com o script da história, começa a fazer a seleção do elenco. Você já deve ter visto em alguns filmes quando os atores candidatos vão à frente do diretor e fazem um pequeno teste para ver quem vai ganhar o papel.

Este processo de seleção é crucial porque são os atores que vão passar para o telespectador toda a emoção e a credibilidade da história. A diferença entre um bom ator e um ótimo ator pode mudar totalmente o resultado do filme.

E é neste ponto que eu quero focar.

Por que eu estou lhe dando esta ilustração?

Falamos há alguns dias sobre o poder da história que contamos a nós mesmos. Nós temos a capacidade de definir a nossa vida pelas histórias que nos contamos. [Mais sobre isso aqui.]

É claro que o poder de uma história está ligado à nossa capacidade de fazê-la acontecer. Portanto, você pode inventar sua própria história, o filme de sua vida, segundo a sua imaginação e capacidade.

Boa sorte com isso. Mas você pode também optar por ser um personagem na história de Deus, entrar no script d’Ele, no projeto de vida d’Ele, que pode incluir você entre os personagens principais—e contar com toda a capacidade d’Ele.

Deus é o Grande e Maior Escritor, Diretor, Produtor, e Selecionador de elenco que existe. Ele já tem a história da humanidade mapeada e escrita nos mínimos detalhes. Esta história tem um final feliz para os que creem nela e um infeliz para os que duvidam dela. Mas tudo já está determinado.

E você, querendo ou não, já faz parte desta história.

Você já é um personagem nesse “filme” de Deus. A única questão é que tipo de personagem você tem sido e quer ser, e que fim você levará quando a história acabar.

Olhe como Deus agiu na Bíblia. Todas as histórias e personagens mostram que Deus sempre buscou pessoas que cumprissem o papel que Ele precisava para fazer a história.

Quando Deus decidiu começar uma nação especial, por exemplo, por meio da qual Seu Filho viria nascer mais tarde, Ele procurou o protagonista desta história. Teria que ser alguém de fé, que fosse um referencial para todos os seus descendentes.

Quem Deus escolheu para este papel? Abraão e Sara. E eles, incapazes aos olhos humanos, improváveis heróis da fé, ainda hoje são referências para os que querem um final feliz em suas vidas.

Mas como você pode se destacar na história de Deus? O que pode fazer de você uma pessoa abençoada, escolhida para cumprir um dos melhores papéis que Deus tem para um ser humano em Sua grande história?

24/06/2012

Empatia masculina influencia a relação

Se o homem tem a capacidade de "sentir" a felicidade da mulher, investe mais na relação, segundo estudo de Harvard


Da Redação / Foto: Thinkstock
redacao@arcauniversal.com

Segundo um estudo publicado pela Associação Psicológica Americana (APA), dos Estados Unidos, a capacidade de um homem entender o que sua namorada ou esposa está sentindo tem um efeito muito benéfico à relação. Mesmo que a capacidade dos namorados ou maridos nessa empatia não seja tão grande, uma boa parte das mulheres observadas na pesquisa mostrou estar satisfeita se nota que eles pelo menos tentam perceber os sentimentos delas, o que demonstra um interesse genuíno pela felicidade da companheira.

A pesquisa, feita pela Universidade de Harvard, foi realizada com centenas de casais urbanos de Boston e arredores, de várias idades, faixas econômicas e origens étnicas, que vivem em harmonia ou não.

Em conversas monitoradas para resolver certas situações de conflito, os cientistas checavam a capacidade de interação entre os casais, e o comportamento em relação aos sentimentos do outro podia ser classificado entre “muito negativo”, “neutro” e “muito positivo”.

Diante da coleta de dados, os pesquisadores concluíram que a satisfação no relacionamento está diretamente ligada à habilidade do homem em perceber as emoções positivas de sua companheira corretamente. Se eles percebem a mulher feliz, por exemplo, investem mais na relação. Se a percebem insatisfeita, tendem a se esforçar menos.

Entretanto, ao contrário do que os estudiosos esperavam, quando as mulheres percebiam que os parceiros estavam irritados ou insatisfeitos, elas não deixavam de se sentir felizes. Se o homem percebe algo negativo no sentimento da mulher, vê isso como uma ameaça à relação, o que a mulher não vê da mesma forma.

Em algo que parece óbvio, os cientistas alegam que não basta apreciar o que o homem faz, mas saber comunicar a ele a apreciação – mesmo que não seja verbalmente. Também obviamente, isso é aplicável a ambos os sexos. Antes disso, mesmo se o homem só tentar essa empatia, a mulher vê como um bom sinal e já começa a se sentir mais feliz.

Isso pode até fazer surgir a pergunta: “Mas, é preciso uma análise científica de Harvard para concluir isso?”. Bem, se perceber o que parece óbvio nesse sentido é tão fácil, por que mais casais não tentam?

Segundo os pesquisadores, o estudo pode encorajar alguns casais nessa tentativa – perceber mais as vitórias e tentativas, apreciar mais e saber comunicar a satisfação. É uma daquelas coisas que parecem mesmo bem claras, mas que passam despercebidas pela maioria. E só é notada quando alguém nos mostra, embora estivesse evidente o tempo todo.

23/06/2012

Mulheres mais experientes também querem novos relacionamentos

Ainda há chances de encontrar um companheiro


Por Tany Souza / Foto: Thinkstock
tany.souza@arcauniversal.com

Solteiras, viúvas ou divorciadas. Não importa a situação amorosa atual da mulher, mas sim o que ela ainda pode conquistar, independentemente da idade. Algumas ficam sem saber como ter um companheiro quando saem de um casamento ou ficam viúvas. Mas há maneiras de encontrar outra pessoa, mesmo depois de mais madura.

Para isso, a psicóloga Kátia Lopis explica que é preciso que ela busque conviver em grupos de amigos. “Elas devem ficar entre pessoas conhecidas, que possam acompanhá-la em ambientes diferentes. Não têm que sair à ‘caça’, mas sim deixar acontecer, tendo o bom senso para não ser vulgar.”

Kátia esclarece que, para a mulher não cair na vulgaridade, é preciso deixar que a aproximação com a outra pessoa aconteça de forma natural. “Por isso, é importante estar mais próxima das pessoas, mas sem forçar alguma situação de intimidade. Se ela tiver amor próprio, não se mostrará como um objeto, mas sim deixará claras as suas vontades, colocando seus limites.”

E para que a mulher não seja interpretada de forma errônea, é necessário que ela avalie como quer ser vista pelas outras pessoas e pela sociedade. “Deve ir a um ambiente propício da sua idade e se comportar de forma adequada, para que não se magoe, não sofra com preconceito e não seja preconceituosa.”

Deixando o passado para trás

Mulheres que já foram casadas e até mesmo aquelas mais experientes, já viveram momentos marcantes e que podem influenciar no presente e no futuro. “Os acontecimentos anteriores podem ser benéficos quando é possível avaliar até quando tudo foi positivo, deu certo e que será bom se repetir no futuro. Mas são maléficos como exemplo do que não se quer viver novamente.”

Mas como o futuro chega para todo mundo, o momento de apresentar o novo companheiro para os filhos também chega. “A mulher deve expor seus sentimentos de forma plausível, mostrando não somente como necessidade física, mas como parceiro para compartilhar a vida. Porém, é importante que ela não imponha a aceitação dos filhos, deixando que a pessoa conquiste o seu espaço, que mostre como ela é e assim crie laços afetivos reais”, finaliza Roseleide.

Pessoas falsas: Como lidar com elas?

Conviver com a falsidade não é tarefa fácil e requer firmeza nas atitudes

Por Tany Souza / Foto: Thinkstock
tany.souza@arcauniversal.com

Pessoa fofoqueira, de sorriso largo, mas ama criticar pelas costas, distorcendo a vida e as atitudes dos outros. Como lidar com alguém assim? E quando esse alguém faz parte de sua família? Segundo a psicóloga Marina Vasconcellos, o distanciamento é o melhor remédio.

“Quando identificar que uma pessoa é falsa, o ideal é não se aproximar, não se abrir, não contar coisas sobre a sua vida que não gostaria que contasse para outras pessoas. Pode até mesmo cortar relações.”

Mas, ainda que essa pessoa falsa pertença ao mesmo grupo de amigos é possível manter a convivência. “Dá para permanecer no relacionamneto, mas mantendo distância daquela pessoa. Não é preciso sair do grupo, mas é necessário ter cuidado para não se aprofundar nos assuntos quanto estiver perto dela.”

Marina ressalta que essa convivência não é obrigatória, mas pode ser mantida sem muito envolvimento. “O ser humano não é obrigado a conviver com todas as pessoas da mesma forma, sempre terá mais empatia por uma que por outra. Mas é importante dizer que é possível manter uma relação social e superficial, sabendo até onde se colocar, mantendo sua intimidade, para não correr o risco de contarem de forma distorcida para outras pessoas.”

Falsidade em família

A situação fica ainda mais complicada quando a falsidade reina entre os familiares. Contudo, Marina enfatiza que, nessa circunstância, é necessária a convivência. “Isso porque as pessoas estão sempre juntas em festas e reuniões familiares, porém, tem que se preservar. É triste a constatação, mas é real: há casos em que a melhor coisa é se distanciar, porque a pessoa não é digna de confiança, e isso também acontece entre familiares. É melhor uma relação superficial, para ser possível conviver socialmente, mas não dá para ter uma relação com a pessoa.”

A psicóloga finaliza destacando que lidar com pessoas falsas é muito difícil. “Elas são manipuladoras, por isso, se tentar desmascará-las, será sua palavra contra a delas. Pode ser que as pessoas acreditem, mas em alguma hora, a máscara cai. Se o grupo acreditar naquela que é falsa, é ótimo para saber que tipo de pessoa é amigo dela. É positivo quando há essa distância das duas pessoas.”

20/06/2012

"Se não tiver amor, nada serei"

O que é o amor, como ele aparece e como convivemos com ele?

Por Tany Souza / Foto: Thinkstock
tany.souza@arcauniversal.com

Dizer “eu te amo’ está virando moda. Todo mundo fala, e para qualquer pessoa. Principalmente os adolescentes no começo de algum namoro. É um “eu te amo” pra cá, “eu te amo” pra lá. Mas quando menos se espera, acontece uma briga e o fim do relacionamento. Será que era amor?
“Ainda que eu tenha o dom de profetizar e conheça todos os mistérios e toda a ciência; ainda que eu tenha tamanha fé, a ponto de transportar montes, se não tiver amor, nada serei”
1 Coríntios 13:2

O amor é muito mais que um friozinho na barriga, é uma escolha, é querer ser companheiro. O amor, diferentemente da paixão, não nos leva a cometer loucuras, ele é calmo, suave, alegre e supre todas as coisas.

Neste mesmo capítulo do livro de Coríntios, está escrito que o amor “tudo sofre, tudo crê, tudo espera, tudo suporta”. Ele não diz que suporta algumas coisas, que espera pouco tempo, que acredita em partes, ele diz TUDO.

O amor é tão supremo que só pode ser vivido quando o tudo é colocado em prática, com leveza. Uma briguinha não é capaz de separar duas pessoas que se amam, porque, se houver amor, ele “tudo suporta”.

Hoje em dia, as pessoas estão confundindo o que é amor e paixão por causa do ímpeto de encontrar um companheiro para a vida. A primeira pessoa interessante que aparece, um namoro rápido, e pronto, já se amam, já querem se casar – ou morar junto, o que também é moda.

Paixão é um sentimento impetuoso, que deixa os seus pés nas nuvens, faz com que tenha atitudes baseadas na emoção, e que pode até mesmo levar a erros. Não se engane, isso acaba e não é amor.

Quer saber se é amor? Ande com a pessoa, descubra suas qualidades e, principalmente, os defeitos, mesmo que estes sejam maiores que as coisas boas. Você vai se perceber abrindo mão de seus conceitos, se divertindo com facilidade, amando cada atitude da pessoa, cada sorriso e tendo prazer em ajudá-lo em seus defeitos.
“O amor é paciente, é benigno; o amor não arde em ciúmes, não se ufana, não se ensoberbece, não se conduz inconvenientemente, não procura os seus interesses, não se exaspera, não ressente do mal; não se alegra com a injustiça, mas regozija-se com a verdade”
1 Coríntios 13:4-6

Agora, como ele aparece? Isso é particular. Cada um tem um olhar diferente para a vida e Deus tem um jeito especial de tratar com cada ser humano.

Mas, atenção, olhe para o lado, não para ver se a pessoa corresponde aos seus padrões, mas para perceber se há uma oportunidade de amor perto de você. Se há alguém com quem goste de conversar, de rir, de estar junto. O amor pode estar acenando para você. Retribua.

Deveres do casal

Ame, respeite e seja leal

Por Débora Ferreira / Foto: Thinkstock
debora.ferreira@arcauniversal.com

A Palavra de Deus diz:

“Maridos, amai vossa mulher como também Cristo amou a Igreja e a si se entregou por ela.” Efésios 5:25

O amor é capaz de tudo, mas a maneira como um casal conduz as diferenças dentro do lar é que rege a felicidade da vida a dois. Nem sempre é fácil lidar com as divergências, e quando elas aparecem tudo de bom que acontece passa despercebido e dá espaço à ira. Mas você já parou para pensar quais são alguns dos deveres da vida matrimonial que podem evitar situações desgastantes? “As obrigações do relacionamento dependem muito dos objetivos em comum do casal, porém, há condições que devem ser seguidas para cultivar o amor e tornar o convívio duradouro”, comenta a psicóloga Liliane Jonas Passos.

Segundo ela, um dos principais deveres de um casal é saber respeitar um ao outro e manter a integridade do relacionamento diante de qualquer situação, inclusive nos momentos de intolerância.

“O respeito mútuo é primordial e tem que caminhar lado a lado com o amor. Não faça com o outro algo que seja traiçoeiro, não magoe, nem mesmo com palavras. Preze o seu parceiro e trate-o bem, perto dos outros e também quando estiverem a sós. A partir do ato matrimonial, seu marido é a sua família, a quem você deve importância e prioridade.”

Ser fiel não é saber driblar apenas os desejos físicos, mas também domar pensamentos errados. “Um companheiro deve respeitar o outro, ser exclusivo, socorrer quando for solicitado ou perceber que o outro precisa de apoio, e assumir as responsabilidades de uma vida familiar. Seja paciente e apoie o parceiro. Por mais que não concordemos com tudo, temos que ter a sabedoria de ajudá-lo a conquistar o que é de desejo”, afirma Liliane.

A psicóloga destaca ainda que nos momentos de desentendimento o casal deve guardar para si e não comentar com outras pessoas, afinal, por mais que haja uma boa intenção, sempre haverá comentários impertinentes.

Dificuldades todos têm

Dos vários problemas que afetam a vida conjugal, um dos grandes influenciadores para o esfriamento da relação é a falta de carinho, cumplicidade, ausência física e falta de atenção e cuidado com o outro. “Porém, é importante considerar que a personalidade de cada pessoa é criada ainda na infância. Possivelmente, quem não teve um lar rodeado de amor e afeto encontrará dificuldades nas relações que mantiver, pois sempre será cobrado, e isso fará com que naturalmente um vá se cansando do outro”, comenta Liliane.

Saber manter o casamento é uma dádiva. “Manter o diálogo na relação é muito importante, faz com que os dois sejam mais cúmplices. Além disso, façam alguma atividade em comum, procurem momentos de descontração, mas não deixem a individualidade de lado. Faça planos e coloque-os em prática, aprenda a rir mais dos próprios defeitos e das falhas do outro. Não torne a relação algo maçante”, finaliza a psicóloga.

Quando a mulher não é de Deus

Achei coisa mais amarga do que a morte: a mulher cujo coração são redes e laços e cujas mãos são grilhões

Por bispo Edir Macedo/ foto: Thinkstock
redacao@arcauniversal.com

De certa forma, quem quiser conhecer bem as mulheres pode recorrer à experiência do rei Salomão, pois além de ter tido muitas mulheres, era um homem muito inteligente e, certamente, dotado de capacidade para conhecê-las a fundo. E mesmo que a sua inteligência não fosse suficiente para compreendê-las, certamente a sua experiência jamais poderia falhar.

Creio que vários tipos de mulheres passaram em sua vida: mulheres com temperamento dócil e com temperamento agressivo; sábias e estúpidas; discretas e indiscretas; caladas e tagarelas; pacíficas e contenciosas; humildes e muito orgulhosas.

Foram tantos os tipos diferentes de mulheres, que ele fez questão de deixar registrados muitos provérbios a respeito delas, dentre os quais selecionamos os seguintes:

"A mulher sábia edifica a sua casa, mas a insensata, com as próprias mãos, a derriba." Provérbios 14.1

"Melhor é morar no canto do eirado do que junto com a mulher rixosa na mesma casa." Provérbios 21.9

"Melhor é morar numa terra deserta do que com a mulher rixosa e iracunda." Provérbios 21.19

"Mulher virtuosa, quem a achará? O seu valor muito excede o de finas joias." Provérbios 31.10

O maior problema da mulher que não tem temor a Deus não é o gênio ruim ou o mau temperamento, mas quando ela se torna instrumento de Satanás. Trata-se daquela que trama projetos diabólicos e não descansa enquanto não os executa.

Tem consciência do perigo de morte que representa para quem dela se aproxima e anda procurando aqueles que desprezam o temor do Senhor, a fim de compactuar com eles.

O Espírito Santo, por intermédio do rei Salomão, assim a descreve: "vi entre os simples, descobri entre os jovens um que era carecente de juízo, que ia e vinha pela rua junto à esquina da mulher estranha e seguia o caminho da sua casa, à tarde do dia, no crepúsculo, na escuridão da noite, nas trevas.

Eis que a mulher lhe sai ao encontro, com vestes de prostituta e astuta de coração. É apaixonada e inquieta, cujos pés não param em casa; ora está nas ruas, ora, nas praças, espreitando por todos os cantos. Aproximou-se dele, e o beijou, e de cara impudente lhe diz:

Sacrifícios pacíficos tinha eu de oferecer; paguei hoje os meus votos. Por isso, saí ao teu encontro, a buscar-te, e te achei. Já cobri de colchas a minha cama, de linho fino do Egito, de várias cores; já perfumei o meu leito com mirra, aloés e cinamomo. Vem, embriaguemo-nos com as delícias do amor, até pela manhã; gozemos amores. Porque o meu marido não está em casa, saiu de viagem para longe. Levou consigo um saquitel de dinheiro; só por volta da lua cheia ele tornará para casa.

Seduziu-o com as suas muitas palavras, com as lisonjas dos seus lábios o arrastou. E ele num instante a segue, como o boi que vai ao matadouro; como o cervo que corre para a rede, até que a flecha lhe atravesse o coração; como a ave que se apressa para o laço, sem saber que isto lhe custará a vida.

Agora, pois, filho, dá-me ouvidos e sê atento às palavras da minha boca; não se desvie o teu coração para os caminhos dela, e não andes perdido nas suas veredas; porque a muitos feriu e derribou; e são muitos os que por ela foram mortos. A sua casa é caminho para a sepultura e desce para as câmaras da morte." Provérbios 7.7-27

O próprio Salomão, com toda a sua sabedoria, não conseguiu evitar os laços da mulher diabólica, e confessou ter achado coisa pior que a morte, quando disse: "Achei coisa mais amarga do que a morte: a mulher cujo coração são redes e laços e cujas mãos são grilhões; quem for bom diante de Deus fugirá dela, mas o pecador virá a ser seu prisioneiro." Eclesiastes 7.26

Você, na prateleira da vida

Se tivesse de se anunciar para se vender, que valor pediria por si mesmo?

Por Jaqueline Corrêa / Foto: Thinkstock / Montagem: Demétrio Koch
jaqueline.correa@arcauniversal.com

Quanto você vale?

E se tivesse de se anunciar para se vender, que valor pediria por si mesmo?

Agora, imagine-se fixado em uma prateleira, vestido com a melhor roupa, melhor sapato, o mais belo penteado no cabelo e, logo abaixo, uma plaquinha onde está escrita toda a sua vida, com fotos que mostram os lugares por onde passou e as pessoas com quem esteve, além de fitas de vídeo revelando suas palavras ditas, seus gestos feitos e atitudes tomadas.

Avaliando tudo isso, por quanto você ainda se venderia; quanto, de fato, valeria?

Então você lembra que os lugares por onde andou lhe desvalorizaram enquanto pessoa e que o que fez por aí lhe tirou alguns zeros a mais da conta. E porque você desprezou quem lhe amou, porque disse não quando deveria dizer sim, e disse sim quando deveria dizer não, o preço na sua prateleira reduziu ainda mais.

É quando alguém passa por você, lhe olha com desdém e diz que “esse produto” não é bom. Que já o experimentou outras vezes e se decepcionou, e que o preço sugerido ali é bem maior do que o que realmente vale.

Você se constrange, mas não pode dizer nada. Afinal, está à venda e não tem o direito de questionar os seus direitos.

Aí, vem outra pessoa e com uma duvidosa expressão de gentileza fica entre a sua “compra” ou outra.

Mas, ao perceber várias ofertas ao redor, dá preferência a qualquer outro “objeto” que não seja você.

“O que há de errado comigo?”, você pensa angustiado. “A minha roupa está feia, a minha maquiagem está borrada, o meu sapato, furado? O que há em mim que ninguém me escolhe, me percebe e valoriza?”

E você, na prateleira da vida, mofa por dias, semanas, meses, enfim, anos> E, por fim, vê que para o mundo e as pessoas ao redor, você é um “produto” à venda, que não pensa, não sente, não tem direito a nada, e por isso lhe desprezam como os demais objetos dos supermercados que ao final do mês são colocados em promoção. É a ponta de estoque dos desprezados.

Afinal, amigo internauta, não é isso o que somos neste mundo de hipocrisias?

Não é assim que nos sentimos quando somos trocados e rejeitados por alguém?

Não é isso o que nos fazem porque, aparentemente, estamos com algum “defeito” e há sempre outra pessoa melhor, mais capaz e mais ajustada do que a nossa parca vida infeliz?

Não é assim, porém, com Aquele que nos comprou. Todos nós, famintos, mentirosos, arrogantes, agressivos, estudados ou analfabetos, pobres ou ricos, de valor ou não, fomos comprados – mesmo não sendo nada merecedores disso – por um preço muito caro. Agora diga, analisando a sua vida regressa ou atual, se você valeria a pena, se o “tostão” por quanto pagassem por você seria realmente justo?

Não obstante a falta de lógica, você foi comprado. E, apesar de não ter sido exposto em nenhuma vitrine, o preço pago foi tão alto que dinheiro nenhum daria conta. Porque não foi papel o que gastou o Comprador, mas todo o Seu Sangue.

E agora, vai continuar se desprezando, se desmerecendo e se humilhando? Ainda vai achar que a sua vida não vale nada? E porque alguém lhe traiu e abandonou é o mais infeliz de todos os homens?

Se você não der valor Àquele que gastou todo o Seu Bem para lhe comprar, inconscientemente, vai valorizar aquele que lhe expôs na prateleira do mundo, não para lhe promover, mas para lhe ridicularizar e lhe inferiorizar – porque, afinal de contas, este é um dos seus objetivos.

Na Noite da Salvação, você vai encontrar Aquele que pagou esse alto preço por você. Procure um Cenáculo do Espírito Santo mais próximo.

Resistindo à tentação

Ao contrário do que alguns imaginam, um flerte com outra mulher oferece perigo ao relacionamento, defendem psicólogos canadenses


Um homem comprometido, ao conhecer outra mulher atraente, tende a ver a própria parceira com menos interesse, segundo um estudo realizado por psicólogos no Canadá. Entretanto, os mesmos especialistas defendem que se o marido, noivo ou namorado for educado para perceber que aquela mulher que o atraiu é uma ameaça verdadeira ao seu relacionamento, ele tende a tomar mais cuidado com as tentações.

Os psicólogos John Lydon, Danielle Menzies-Toman e Kimberly Burton, da Universidade McGill, em Montreal, realizaram a pesquisa em parceria com Chris Bell, da Universidade de York, em Toronto. Eles perceberam, ao longo do estudo, que os homens tendem a não ver os flertes como traição. E é no flerte que, muitas vezes, um caso extraconjugal pode começar. Obviamente, isso também depende da atitude da mulher assediada, que concorda ou não com a relação proibida (quando sabe de todos os detalhes, claro).

Há uma tendência de o homem passar a ver a companheira com outros olhos – de forma negativa – após se interessar por outra.

“Alguns não são tão capazes de resistir a uma tentação. Porém, acreditamos que se o homem for orientado a ver essas ‘mulheres interessantes’ como uma ameaça ao seu relacionamento, eles o protegem mais”, considera John Lydon.

A equipe de psicólogos também percebeu que há mais sucesso em não trair quando o homem estabelece planos e estratégias antecipadamente, para a eventualidade de flertar ou receber cantadas. Uma das atitudes mais percebidas naqueles que queriam evitar ceder à tentação foi a de manter distância das tais mulheres que poderiam “oferecer perigo”.

“O sucesso dessas estratégias pode até não ser de 100%, mas é significativamente maior do que se o homem simplesmente não tiver conhecimento das consequências de seus atos”, conclui Lydon.

O que os psicólogos da McGill e da York tão competentemente aprenderam e repassaram ao público em pleno século 21, com toda a estrutura disponível nas duas conceituadas universidades, já foi aconselhado aos homens há mais de 2 mil anos por alguém que sabia do que falava quando o assunto era amor verdadeiro. Jesus em pessoa já afirmava, com sua sempre irretocável retórica, que algo que parece simples – um aparentemente inofensivo pensamento – pode iniciar uma reação em cadeia com um final nada feliz:

“Eu, porém, vos digo, que qualquer que atentar numa mulher para a cobiçar, já em seu coração cometeu adultério com ela.” Mateus 5:28

Por que fiz isso?

Como você responderia a essa pergunta?

Por Jaqueline Corrêa / Foto: Fotolia
jaqueline.correa@arcauniversal.com

Você olha para o seu passado e diz que poderia ter feito tudo diferente. Diz que foi, em palavras mais amenas, um belo tolo porque não aproveitou aquela oportunidade oferecida. E afirma que se houvesse uma porta para voltar atrás mudaria todas as bobagens que fez na adolescência e juventude. Que passaria uma borracha naquela atitude feia. Que faria de tudo para as pessoas esquecerem aqueles seus ditos desagradáveis. Que... Que... E que...

Enfim.

Essa seria uma solução muito bem aproveitada por muitas pessoas, principalmente as humildes, que sabem que passam longe da perfeição, e que por isso têm consciência dos inúmeros erros que cometeram.

Mas sendo essa uma solução impossível de acontecer, por que então não transformar essas terríveis lembranças em situações aproveitáveis hoje?

Porque nem tudo dá para descartar. E mesmo que joguemos o passado no lixo, podemos reciclá-lo com inteligência e reusá-lo para o nosso bem. Não para remoê-lo, mas para fazer dele um ponto de partida para um ótimo recomeço.

E nem adianta ficar pensando em como seria a sua vida antes de ter feito isso ou falado aquilo, até porque o tempo já passou mesmo, e ficar lamentando só vai atrasar ainda mais a vida. E quando abrir os olhos, vai se surpreender ao ver que passou boa parte da vida dormindo e a outra parte se remoendo.

E verá que o trabalho se transformou em dureza e sacrifício. A relação com a família em um verdadeiro martírio. O relacionamento com as pessoas em incompreensão de ambas as partes. E a vida, que é boa, em insatisfação.

E exercerá a falta de sentido como aquela pessoa que deixa a graça passar na esquina e nem se importa em sorrir para ela. Que desconfia de todos como a vítima acostumada à violência. Que desacredita das bênçãos porque nunca se viu realizada. E que é cética com tudo porque jamais presenciou ou reconheceu em si mesmo um milagre em potencial.

Porque milagre, como diz o dicionário, “é um fato sobrenatural oposto às leis da Natureza”, e que é preciso provocá-lo para que de fato ele exista.

Mas causar uma maravilha na própria vida, independentemente de qualquer coisa, dificilmente vai partir de outra pessoa. Ela começa dentro e se expande para fora. Inicia com a mudança de um pensamento preconceituoso e abre a mente. Muda o jeito agressivo e o faz centrado, equilibrado e coerente.

O milagre interior prioriza o lado bom, os olhos bons, as palavras agradáveis. Transforma o lado sombrio em luz e nos faz perceber que tudo o que provocamos de errado no passado foi mais uma oportunidade dada pela vida para não errarmos novamente.

E então encontrará a resposta do título desta crônica: que tudo o que fez em sua vida um dia serviu para lhe fazer crescer e lhe provocar um milagre, mesmo que ele ainda não tenha acontecido.

Casais da Bíblia: Jacó e Lia

Um par com muitos filhos, mas sem amor

Por Tany Souza / Foto: Thinkstock
tany.souza@arcauniversal.com

Lia casou-se com Jacó não por amor, mas por uma obrigação. Na época, a filha mais velha deveria se casar antes da mais nova. Mas Jacó queria casar-se com Raquel, a mais nova, e trabalhou sete anos para isso, conforme acordo feito com Labão, pai delas. Porém, este o enganou e entregou primeiro Lia para ser sua esposa. Desta forma, Jacó teve que trabalhar mais sete anos para conseguir casar-se com Raquel (Gênesis 29:9-28).

Mesmo Lia sendo a primeira esposa de Jacó, ela sempre foi desprezada. Ele amava Raquel e esforçou-se para tê-la. Mas ele não contava que sua amada era estéril e que Lia poderia dar-lhe filhos (Gênesis 29:29-31).

Naturalmente, Lia engravidou primeiro e concedeu sete filhos a Jacó. Raquel, apesar de ter o amor de Jacó a seu favor, não poderia fazer dele pai e teve muita inveja de sua irmã, por causa disso, desesperou-se entregando sua serva para ter relações com seu marido e, assim, dar filhos como se fossem dela (Gênesis 30:1-8). Somente mais tarde ela concebeu dois filhos a Jacó.

O sofrimento de Lia e a falta de amor de Jacó
Dar filhos não era o suficiente, ela queria que seu marido a amasse, a desejasse. E quanto mais sofria, mais filhos concebia.

Lia fez de tudo para chamar atenção do seu marido, porém não foi valorizada. É claro que os filhos foram benção para Jacó, mas nada poderia substituir ou ser mais forte que o amor que ele sentia por Raquel. Porém, ela faleceu antes de Lia, ao dar à luz o seu segundo filho (Gênesis 35: 16-19).

Ela persistiu, ficou ao lado do seu marido, mesmo não recebendo amor. Na Palavra não fica claro que Jacó começou a amar Lia, mas também não mostra uma tristeza profunda pela morte de Raquel (Gênesis 35:20-21).

Por isso, podemos dizer que Lia é um exemplo de mulher submissa, pois fez de tudo pelo marido e, no fim, recebeu a recompensa de seus atos por Deus.

Se seu companheiro não demonstra amor, faça você a sua parte. Com certeza o resultado virá, não pelas suas forças, mas porque Deus ouve a oração do justo e responde no tempo certo. Apenas o ame, acima de qualquer dificuldade ou circunstância.

19/06/2012

Duas Alternativas

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A águia é a ave que possui a maior longevidade da espécie. Chega a viver cerca de 70 anos. Porém, para chegar a essa idade, aos 40 anos, ela precisa tomar uma séria e difícil decisão. Aos 40 anos, suas unhas estão compridas e flexíveis e já não conseguem mais agarrar as presas, das quais se alimenta. O bico, alongado e pontiagudo, se curva. Apontando contra o peito, estão as asas, envelhecidas e pesadas, em função da grossura das penas, e, voar, aos 40 anos, já é bem difícil!

Nessa situação a águia só tem duas alternativas: deixar-se morrer ou enfrentar um dolorido processo de renovação que irá durar 150 dias. Esse processo consiste em voar para o alto de uma montanha e lá recolher-se, em um ninho que esteja próximo a um paredão. Um lugar de onde, para retornar, ela necessite dar um vôo firme e pleno. Ao encontrar esse lugar, a águia começa a bater o bico contra a parede até conseguir arrancá-lo, enfrentando, corajosamente, a dor que essa atitude acarreta. Espera nascer um novo bico, com o qual irá arrancar as suas velhas unhas. Com as novas unhas ela passa a arrancar as velhas penas. E, só após 5 meses, "renascida", sai para o famoso voo de renovação, para viver, então, por mais 30 anos.

Muitas vezes, em nossas vidas, temos que nos resguardar por algum tempo e começar um processo de renovação. Devemos nos desprender das (más) lembranças e companhias, (maus) costumes, e outras situações que nos causam dissabores, para que continuemos a voar. Um voo de vitória. Somente quando livres do peso do passado, poderemos aproveitar o resultado valioso que uma renovação sempre traz.

Destrua, pois, o bico do ressentimento, arranque as unhas do medo, retire as penas das suas asas dos maus pensamentos e alce um lindo voo para uma nova vida. Um voo de vida nova e feliz.

Bom humor, o segredo para viver bem

Pessoas alegres têm mais saúde, qualidade de vida e encaram as dificuldades com mais força


Por Pedro Henrique Cunha / Foto: Thinkstock
redacao@arcauniversal.com

O bom humor é, antes de tudo, a expressão de que o corpo está bem. Ele depende de fatores físicos e culturais e varia de acordo com a personalidade e a formação de cada um. Mas, mesmo sendo o resultado de uma combinação de ingredientes, pode ser ajudado com uma visão otimista do mundo. Tentar encarar os diversos problemas da vida com otimismo e garra nem sempre é fácil. Porém, para os especialistas que estudam o humor, este estado psicológico é o grande triunfo para viver bem e ter qualidade de vida.

Segundo o psicólogo Rodrigo Passos, muitos estudos mostram que uma postura alegre e positiva em relação à vida e otimismo ajudam a enfrentar as adversidades de uma maneira melhor. “As pessoas que costumam ter uma visão otimista do mundo conseguem manter mais facilmente o bom humor.

Quando se está de bom humor, normalmente se é otimista; e o contrário também é verdadeiro”, afirma o especialista, acrescentando que o otimismo e o bom humor estão intimamente ligados.

Rodrigo ressalta que em alguns casos de doenças, as pessoas que acreditam em dias melhores apresentam um prognóstico melhor do que os pessimistas. “Os indivíduos mal-humorados tendem a não aderir adequadamente ao tratamento da doença de que são portadores; fazem menos esforço para melhorar; cuidam da saúde e têm vida social mais restrita, o que prejudica a qualidade de vida”, frisa.

O especialista acrescenta que as pessoas bem-humoradas resistem melhor aos impactos motivados pelos problemas da vida. “Experimentar variações de humor é simplesmente humano. O bom humor está relacionado com a disposição para viver de um modo geral. Uma pessoa neste estado está mais aberta para o que lhe vem ao encontro da vida, o que predispõe o surgimento de novas percepções sobre tudo o que tem a ver com o seu cotidiano”, pondera.

Rodrigo Passos orienta que estar “de bem com a vida” é fundamental para enfrentar as adversidades com as quais nos deparamos diariamente. “Dessa forma, vivemos melhor, mais felizes e com mais saúde”, diz. Ele alerta que o humor é indispensável atualmente, sobretudo pelo fato de a expectativa de vida ter aumentado nos últimos 50 anos. “As chances de vivermos mais do que os nossos antecepassados são grandes, e envelhecer sem qualidade de vida não é o desejo de ninguém. Por isso, o ideal é entrar na terceira idade com saúde e bem-estar. Ser uma pessoa bem-humorada ajuda bastante a nos manter mais saudáveis”, aconselha.

“Meu nome é alegria”

Quem conhece o advogado Edward Pena, de 35 anos, o Peninha, como é chamado, tem ideia do que é uma pessoa alegre, extrovertida e sempre de bem com a vida. Torcedor fanático do Sport Club do Recife, é figura fácil na arquibancada do Estádio Ilha do Retiro, na zona oeste da capital pernambucana, sempre com uma fantasia bem original, alegrando os torcedores rubro-negros. Ainda na infância, sonhava em ser artista. “Tudo é questão de oportunidade. Se um dia for convidado para algum trabalho, vou pensar com muito carinho. Não crio personagens. É tudo improviso. O importante é ver a alegria do rosto das pessoas”, frisa.

Seu estilo brincalhão vem desde criança, quando ganhou o apelido de Peninha. O bom humor sempre foi aliado de Edward, que tem na esposa, Carla, a maior incentivadora. “Ele está sempre de bom humor. Até nas horas complicadas, ele fala sério, mas consegue arrancar um sorriso de quem está por perto. Isso ajuda qualquer um a superar um problema”, comenta Carla.

Uma das maiores emoções de Peninha é ver o sorriso da filha Taíssa, de 6 anos, durante suas “apresentações”. “Aquele sorriso e aquela alegria não têm preço. Há coisa mais importante do que o sorriso espontâneo de uma criança? Fico realizado quando vejo minha filha ou outra criança rindo de minhas brincadeiras. Faço isso com maior orgulho”, diz o sorridente Peninha.